Mensagens de prevenção da malária chega a zonas vulneráveis

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A sensibilização da população para aderir aos métodos de prevenção e combate à malária vai chegar a mais zonas do posto administrativo de Xinavane, distrito da Manhiça, província de Maputo, graças à disponibilidade de meios de locomoção para os voluntários.

Para o efeito, foram entregues, ontem, 50 bicicletas e respectivos acessórios aos voluntários, líderes comunitários e outras pessoas de mérito reconhecido que estão envolvidos na campanha.

O projecto é levado a cabo pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), em colaboração com o Ministério da Saúde e Centro de Investigação em Saúde da Manhiça.

Segundo Zélia Menete, directora executiva da FDC, cerca de 34 mil pessoas residentes em Xinavane deverão ter acesso aos fármacos no âmbito do combate à doença, transmissível através por picada do mosquito.

A fonte explicou que as equipas têm feito busca activa na comunidade encaminhando pessoas com sintomas de malária para as unidades sanitárias e aconselhando o uso correcto de redes mosquiteiras e saneamento do meio.

“Sensibilizamos a população para aceitar as equipas da Saúde que fazem as pulverizações intradomiciliárias, para a eliminação dos charcos e focos de lixo, para combater esta doença que continua a ser a principal causa de mortalidade em Moçambique”, disse Menete.

Por seu turno, Pedro Aide, médico e investigador do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça, disse que a ideia é eliminar a malária nestes distritos e, mais tarde, expandir para outras regiões do país.

A fonte explicou que as actividades iniciaram no distrito de Magude, no ano passado, com um grupo de trabalho que incluía o estímulo do uso de redes mosquiteiras, pulverização intradomiciliária (feita pelo Ministério da Saúde) e o tratamento massivo de toda a população com antimalárico que tem propriedades curativas e preventivas. Este pacote de intervenções, segundo Aide, ajuda bastante na redução do número de casos.

“É verdade que estas actividades necessitam de uma forte componente de mobilização comunitária e envolvimento da população porque temos de informá-la não só da importância de continuar a usar os meios clássicos de prevenção contra a malária, como também da necessidade de aderir a administração massiva  de tratamento”, disse a Aide, tendo acrescentado que “esta é uma forma que encontramos, que irá reduzir drasticamente o índice da malária”.

Em Magude, por exemplo, antes do início das actividades, a prevalência da malária era de nove por cento e no fim do ano passado baixou em 86 por cento. Isto é visível nas unidades sanitárias, que habitualmente tinham entre 10 e 12 casos de malária por semana, resgistando agora entre um e dois pacientes.