Evento junta mais de 600 actores para debater desenvolvimento agrário e mudanças climáticas

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Evento junta mais de 600 actores para debater desenvolvimento agrário e mudanças climáticas

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Académicos, cientistas, investigadores, empresários, operadores florestais, agricultores, membros do Governo e das Organizações da Sociedade Civil, incluindo da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, sistematizaram, nos dias 23, 24 e 26 de Setembro de 2019, na Universidade Eduardo Mondlane, os principais constrangimentos e soluções para o desenvolvimento do sector agrário em face aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

O mérito e a singularidade deste evento foi o de centrar-se na discussão e disseminação de políticas, estratégias e práticas que permitam, a médio e longo prazo, eliminar por completo, a pobreza, insegurança alimentar, malnutrição e permitir maior integração de acções que visam fortalecer as comunidades para adopção de meios de vida resilientes e sustentáveis. Para isso, foram discutidos cinco linhas essenciais:

  1. Principais problemas fitossanitários na agricultura em Moçambique: impacto, prevenção, detecção, erradicação e mitigação
  2. Dinâmicas do sector florestal em Moçambique;
  3. Cadeias de Valor nos Perímetros Irrigados em Moçambique: Oportunidades de Agronegócio e Pesquisa Aplicada para os Jovens rumo a Segurança Alimentar & Nutricional
  4. Género, agricultura e mudanças climáticas,
  5. Desafios e medidas para o crescimento do sector de sementes em Moçambique

Pontos chaves discutidos por cada mesa redonda

  1. Principais problemas fitossanitários na agricultura em Moçambique: impacto, prevenção, detecção, erradicação e mitigação

Pontos chave:

  1. Necessidade de melhorar a capacidade de detecção precoce e resposta tendo em conta os aspectos de monitoria, treinamento, sensibilização, mobilização de recursos;
  2. Necessidade de reforçar a inspecção fitossanitária através duma legislação apropriada e garantir o aumento do quadro de pessoal qualificado, o que pode reduzir a vulnerabilidade do país face as invasões biológicas;
  3. Necessidade de se capacitar os utilizadores no uso de pesticidas duma forma adequada
  4. Deve-se considerar e maximizar a produção e consumo de produtos orgânicos e reduzir a promoção de químicos, criando mecanismos internos para valorização e consciencialização sobre as vantagens que os produtos orgânicos representam para a saúde 
  1. Dinâmicas do sector florestal em Moçambique

Pontos chave:

  1. A demanda de produtos florestais tende a aumentar, superando em larga escala a oferta dos mesmos, o que atenta ao uso sustentável e a conservação;
  2. A maximização dos benefícios das actividades do sector florestal depende, em larga escala, do ordenamento territorial. E isso vai reduzir os conflitos entre os grandes empreendimentos que necessitam de grandes extensões de terra e as populações;
  3. Deve-se empoderar e consciencializar as comunidades, passando conhecimento, ferramentas e integrando-as na gestão, fiscalização e nos benefícios do uso sustentável dos recursos florestais;
  4. Potenciar o sistema de educação vocacional e técnico focada no saber fazer.

       3. Cadeia de Valor nos Perímetros Irrigados em Moçambique: oportunidades de agronegócio e pesquisa aplicada para jovens rumo a segurança alimentar e nutricional

Pontos chave

  1. Aumentar as infraestruturas nos perímetros irrigados de modo a concentrar mais produtores e viabilizar os regadios;
  2. Fazer a produção de conhecimento através de introdução de estágios produtivos nas áreas de irrigação acoplados ao uso de tecnologias;
  3. Criar fóruns específicos de discussão em cada cadeia de valores de produtos agrários para melhorar a articulação dos diferentes actores envolvidos;
  4. O país deve ter um plano director para mecanização.
  1. Género, Agricultura e Mudanças Climáticas

Pontos chave:

  1. Educação sobre relações de género, mudanças climáticas e adaptação é a chave por isso deve-se fazer uma sensibilização contínua a nível central, provincial e distrital;
  2. É necessário garantir a coordenação entre as diferentes instituições na implementação das diferentes políticas e estratégias de género e transforma-las em acções concretas
  3. Antes da implementação de medidas adaptativas que visam o empoderamento das mulheres nas comunidades é importante que se leve em consideração as relações de poder de cada zona para melhor definir o plano de acção e aumentar a eficácia do mesmo
  4. Desastres não são fenómenos naturais, mas sim sociais, pelo que são resultados das nossas atitudes perante ao ambiente; isso põe grande enfoque para a necessidade de todos nós mudarmos em relação às nossas acções.
  5. É preciso começar a olhar para outras fontes de subsistência que não seja necessariamente agricultura em certos contextos e regiões. Há regiões que o foco deve ser, por exemplo, produção animal ou piscicultura.
  6. É preciso associar os diferentes programas de produção com acções de empoderamento económico, principalmente o microfinanciamento incluindo os grupos comunitários de poupança e crédito que são uma saída para recuperação das famílias nas fases pós choques climáticos.
Diálogo sobre o Desenvolvimento Agrário e Mudanças Climáticas em Moçambique
Engenheiro Dionísio Varela representando a FDC na mesa sobre Género, Agricultura e Mudanças Climáticas
  1. Desafios e medidas para o crescimento do sector de sementes em Moçambique

Pontos chave:

  1. Deve-se criar consciência sobre o que é semente e sobre a necessidade de pagar o preço justo pela semente;
  2. Fortalecer o sistema de distribuição de semente principalmente de culturas tolerantes a diferentes adversidades climáticas;
  3. Deve-se fortalecer as ligações entre os diversos actores da cadeia de sementes;
  4. Problemas sérios na autoridade nacional para fazer a fiscalização e inspecções (baixa qualidade). E isso cria dificuldade para o país possa entrar no mercado regional e concorrer em pé de igualdade com outros actores da região;
  5. Falta de sistema de etiquetagem cria oportunidade para os prevaricadores;
  6. Necessidade de se criar directrizes de como se pode fazer a distribuição de semente em caso de emergência;
  7. Garantir a massificação do uso de sementes certificadas e melhorar a capacidade de fiscalização e inspecção no sector de sementes para assegurar a qualidade das mesmas;
  8. Sensibilização, consciencialização e o conhecimento é a chave para aquisição e comercialização das sementes certificadas;
  9. Criar um portfólio desde as sementes tolerantes até ao condicionamento de produção de acordo com as características agroecológicas da região
  10. Criar canais de distribuição e regular margens em torno de todos intervenientes do processo de comercialização da semente;
  11. Há uma necessidade melhorar a articulação entre a investigação, produção e extensão no sector de produção de sementes.

As descrições acima são parte do posicionamento resultante do Diálogo sobre o Desenvolvimento Agrário e Mudanças Climáticas em Moçambique, organizado pela Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane em parceria com a Verde-Azul, a APROSE-Associação para a Promoção do Sector de Sementes, o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), e o Instituto Nacional de Irrigação (INIR).

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