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Graça Machel propôs hoje, 10 de Agosto, ao Ministério das Obras Públicas e as Faculdades de Arquitectura que definam o tipo de materiais de construção locais que devem ser utilizados pelos moçambicanos, em particular para as zonas propensas aos fenómenos ciclónicos. O objectivo é garantir que, mesmo em ocorrências de ciclones, as casas não sejam completamente destruídas
Machel discutiu a ideia durante conferência de apresentação pública da estratégia para integração da resiliência climática, gestão e redução do risco de desastres nos programas de desenvolvimento da FDC, realizada na cidade de Maputo, o qual visava assegurar a socialização pública do documento e colher contribuições para aprimorá-lo.
Para Machel é facto que as mudanças climáticas existem, porém “é necessário criar uma capacidade de resposta que minimize os seus impactos que caem sobre nós dos quais não temos capacidade de impedir porque estão fora do nosso controle, mas temos de saber responder esses fenómenos de forma inteligente e organizada de maneira a reduzir perdas humanas’’, explicou.
Por seu turno, Diogo Milagre, Administrador Delegado da FDC, acredita que o plano estratégico, apesar de ser desenvolvido pela Fundação, pode beneficiar toda a sociedade civil, governo e parceiros envolvidos na gestão de riscos climáticos e desastres em Moçambique. Milagre também enfatiza a importância da coordenação das agendas de desenvolvimento para o sucesso das acções de resiliência climática.
No seu discurso, Gabriel Monteiro, Vice-Presidente do INGD (Instituto Nacional de Gestão de Desastres), ressaltou que a iniciativa da FDC oferece uma oportunidade única para a troca de ideias e conhecimentos sobre as melhores alternativas para a prevenção e gestão de desastres, complementando as iniciativas do governo, como o Plano Director de Redução de Riscos de Desastres para 2017-2030.
Monteiro acrescentou que “o INGD, como entidade reguladora da gestão e redução de riscos de desastres em Moçambique, analisou minuciosamente esse documento estratégico da FDC e observou que ele está alinhado com os objetivos do governo para a redução da vulnerabilidade aos riscos de desastres nas comunidades”.