Raparigas com HIV enfrentam barreiras no acesso ao planeamento familiar 

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A história da rapariga Maria é igual a de tantas outras raparigas moçambicanas, vivendo com o HIV.

Ela tem 17 anos de idade e reside no distrito de Gurué. Maria teve recentemente resultado positivo no teste de HIV e, tal como mandam as regras, começou com o TARV.
O único pecado dela, aos olhos de uma das profissionais de saúde da unidade sanitária de Gurué, foi de ser seropositiva e por isso lhe foi impedida de aderir ao planeamento familiar.
Ela está a solicitar o método contraceptivo porque pretende infectar as outras pessoas sem o risco de engravidar’’, comentou a enfermeira com as colegas, configurando, só por isso, uma autêntica descriminação e quebra do protocolo de sigilo que deve ser imprescindível em procedimentos similares.
Inconformada, a rapariga procurou uma Paralegal da FDC a fim de expor o sucedido e obter esclarecimentos. A assistência não tardou. Conversou-se com a enfermeira junto da Direcção do Hospital e do Gabinete do Utente. Após a advertência, o arrependimento foi o sentimento demonstrado pela enfermeira pelo mau procedimento.
Maria, de seguida, teve acesso ao Planeamento Familiar e foi minuciosamente aconselhada sobre a necessidade de proteger-se a si e aos seus próximos bem como foi lhe apresentada os seus direitos e protocolos que devem ser seguidos pelas Unidades Sanitárias face as Pessoas Vivendo com o HIV.