Um retrato de pessoas que ‘’não existiam’’ oficialmente em Moçambique

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RESPEITEM-NOS

Mais de duas mil crianças e adultos tiveram, ontem (01 de Junho), a oportunidade de ter registo civil e de nascimento; atribuição de nuit; teste de HIV e malária; distribuição redes mosquiteiras; obtenção de conhecimento de higiene pessoal e colectiva, educação nutricional, oftalmologia e estomatologia, saúde sexual e reprodutiva; apoio psico-social; kits escolares, entre outros.

 

 

Grandes campos das localidades de Mueria, em Nacala-a-Velha; Motaze, em Magude; Muabsa, em Vilankulo; e Lionde, em Chókwè foram pequenos para acolher visitantes da feira da quinzena da criança.

Um evento promovido pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, em parceria com o governo a nível dos distritos acima descritos, como meio de advocacia para protecção e promoção da observância dos direitos da criança.

ROSTOS COM ROSTOS

A demanda nas localidades foi tanta e a FDC foi obrigada a multiplicar as “mesas de atendimento”. Entre os serviços, a maior demanda foi para o registro de nascimento.

‘’A nossa pretensão a nível da FDC é influenciar que nenhuma criança fique fora do desenvolvimento em Moçambique e, por extensão, da África’’, disse Gina Sitoe, Gestora de Género e Advocacia na FDC..

Há instantes, Fátima, a criança na foto acima, fazia parte das crianças que “não existiam” oficialmente em Moçambique. Graças a FDC e parceiros ela hoje já tem o registro de nascimento e civil e os benefícios que dele advém.

A feira também serviu para promover serviços como SAAJ; Plataforma digital SMSBiz; Plataforma digital Alô Vida e Material de Informação, Educação e Comunicação (IEC) sobre áreas transversais.

A FDC, no âmbito do seu Plano Estratégico 2015-2025, prioriza dois (2) pilares principais nomeadamente Desenvolvimento Comunitário e Advocacia visando equidade e justiça social. É neste contexto que, tendo como alvos principais a criança, jovens e mulheres, a FDC preconiza o desenvolvimento do capital humano por via da educação, protecção social, segurança alimentar e nutrição, formação técnico profissional e geração da renda. Para consecução dos seus direitos a FDC enfatiza o empoderamento da criança e da mulher.

 

DIREITO DE TER DIREITO

O não registo civil continua a ser uma maneira realmente inexplicável de ocultar a existência de um ser humano e lhe inibir de gozar os seus direitos.