”O país sem nós anda, mas connosco anda melhor”, dizem mulheres

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O Movimento Social de protecção da vida que complementa as acções políticas para paz, denominada  ”Participação da Mulher e sua Influência na Edificação da Paz e Reconciliação Nacional para Coesão Social em Moçambique”, promoveu um Encontro Regional de Consulta, na zona Norte, nos dias 19 e 20 de Dezembro de 2017, na cidade de Nampula.

O encontro, organizado pela FDC, instituição que lidera o movimento, em parceria com ACCORD e IMD, com apoio financeiro do Governo Sueco, tinha como objectivo criar espaço de diálogo para que as mulheres da zona Norte do país possam contribuir activamente na definição de uma agenda nacional para a paz definitiva, reconciliação nacional e coesão social.

”Este não é movimento político; é um movimento originalmente social e comunitário de construção da paz através do papel da mulher na família, comunidade e no país”, disse Graça Machel, PCA da FDC, durante o evento.

Mais do que pedir pela participação, as mulheres afirmaram que é necessário impor a sua participação activa, ‘’pois, elas são mobilizadoras, educadoras e o garante da paz’’, disse Fátima Gerónimo, uma das mães de Nampula.

‘’O Presidente da República e o da Renamo iniciaram um processo para o alcance da paz efectiva. Eles estão a dirigir um processo político para a paz. Esta iniciativa não entra em contradição com este processo. Pelo contrário, visa complementar e enraizar a semente da paz e reconciliação social ao nível das famílias, aldeias, bairros, e sectores de trabalhos’’, acrescentou Graça Machel.

Estiveram presente no evento 51 mulheres representando organizações da sociedade civil, sector público, comunicação social, líderes comunitários, estudantes, líderes religiosas, entre outras.

‘’As mulheres aliam sempre o raciocínio com o sentimento. A mulher dá à luz/vida ao ser humano e protege este ser humano. Estas são algumas das qualidades da mulher que podem e devem ser usados para promover a paz. A mulher precisa de usar o poder natural de gerar e de dar vida como base para influenciar e exigir uma paz efectiva’’, fez notar uma das mães participantes.

Para o Director de Programas da FDC, Joaquim Oliveira, a  iniciativa procura ampliar e aumentar o espaço, as oportunidades e as capacidades das mulheres para a sua participação e envolvimento no diálogo e nos processos políticos em curso, no processo de reconciliação e de estabelecimento de confiança  conducentes  à coesão social inclusiva. ‘’Toda acção procura reforçar as capacidades das mulheres para o seu engajamento efectivo e daí reforçarem e complementarem o diálogo político sobre a paz e o processo de reconciliação no país’’, disse.

Veja a intervenção da mamã Graça Machel no vídeo abaixo.