Mulheres abraçam iniciativas de alívio à pobreza

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A foto acima revela a produção de tapetes e de outros produtos de decoração de interiores, que são depois exportados para a Dinamarca e para outros mercados de elevada renda.

Trata-se da Associação Vavasati, um grupo de mulheres antes desempregadas, com baixa renda e totalmente dependentes dos seus conjugues, mas que hoje ostentam conhecimentos sólidos para a criação de produtos de alta procura para o seu mercado local e estrangeiro.

‘’Tudo começou em 2007. Éramos 50 mulheres e a FDC trazia-nos tecidos, linhas, agulhas e ensinaram-nos a bordar’’, disse Sandra Bernardo, uma das representantes.

A associação evoluiu e hoje o sentido desta evolução é o nível de parceiros que ela tem. Carla Botoso e Mobi Ltd, através do projecto mescla, são alguns dos parceiras na produção de tapetes.

‘’Sentimo-nos orgulhosas por fazer esse trabalho, que hoje é exportado para países que nós nem temos a dimensão’’, disse Sandra, que agora vê as condições de trabalho e de salário muito melhores.

As especialidades de cada uma torna o trabalho mais fluente e metas complexas mais alcançáveis. Para fazer um tapete de 2 metros, por exemplo, as mulheres levam um dia e meio. Enquanto uma corta, a outra costura e alinha. Um verdadeiro trabalho em equipa.

Para quem vem o produto de fora da sua ‘’fábrica’’ não pode imaginar que com uma simples mesa, tesoura, marcadores, tesoura e linha, pode sair produtos altamente cobiçados pela Europa, conforme atestam as fotografias.

As iniciativas estendem-se também a Associação de Produtores de Maciene, criada muito antes da Vavasati pela FDC, cuja missão é conceber produtos através de material reciclado e de acesso local.

Eles dividem-se em sectores, tendo a parte de papel, bordado, costura e tingimentos.

Infelizmente, sinais de progresso económico resultantes destas actividades ficaram no passado, quando os produtores eram altamente sustentáveis. Hoje é possível ver casas construídas e uma herança histórica que levou as mulheres e os seus filhos ao novo estilo de vida.

Mas crise que abalou a associação não foi eterna. Os desafios não superaram a motivação destes pequenos produtores. Hoje, com ajuda novamente da FDC, produtos de Maciene são expostos em alguns mercados, como a CASA BALI na cidade de Maputo.

Há ainda muito trabalho de marketing por se fazer. Eles estão envolvidos na concepção de produtos de design de alta qualidade que são vendidos para os consumidores que não estão dispostos a pagar preços à altura do seu valor.

Abraçar novos mercados pode ser solução para isso, porque a objectivo do Maciene, dito pelo seu representante João Cruz, é de se concentrar nas mulheres e melhorar as condições de vida das famílias destas mesmas mulheres. ‘’Maciene está convencido de que, contribuindo para a igualdade de género e facultar às mulheres mais poder de negócio através da obtenção de uma maior renda, irá beneficiar não só as mulheres, mas também os seus filhos e família’’.