Nascida como Graça Simbini, é destacada líder política e ativista dos direitos humanos. Originária de uma comunidade nas proximidades da atual capital de Moçambique, em uma família metodista, filha de um operário das minas da África do Sul. Em 1968 atuou na Casa dos Estudantes do Império e em 1973, na luta anti-colonial, quando conheceu Samora Machel, com quem viria a se casar em 1975, e do qual tem dois filhos. Obteve bacharelado em filologia, com especialização em língua alemã pela Universidade de Lisboa.
Foi Ministra da Educação de seu país durante cerca de quatorze anos, e após a morte do marido (1986) continuou sua atividade política na Frente de Libertação de Moçambique – Frelimo, criou a organização sem fins lucrativos Fundação para o Desenvolvimento Comunitário – FDC, que trabalha para facilitar o acesso da comunidade a conhecimentos e tecnologia para fomentar o desenvolvimento sustentável.
Em 1988 foi indicada como presidenta da UNESCO em Moçambique, e delegada da UNICF, o que a levou a realizar uma avaliação do impacto dos conflitos armados sobre a infância e uma série de trabalhos voltados para o desenvolvimento social, que lhe renderam em 1998 a atribuição do prêmio Norte-Sul. Além disso ela também protestou contra práticas tradicionais africanas que subjugam mulheres e atrapalham seu desenvolvimento enquanto comunidade.
Graça e Nelson Mandela revelaram publicamente seu relacionamento em 1996 e se casaram em 1998. Ela manteve seu nome e sua residência em Maputo, dividindo seus tempo entre os dois países. Na primeira década do século XXI, ela passou bastante tempo com seu marido na África do Sul, até a morte dele.